quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A Utopia do Soldado

Era uma vez um soldado
Que tinha perdido a memória,
Ás voltas do mundo tem andado
Á procura da sua velha glória.

Perdido das suas lembranças,
Mantinha a esperança acesa,
De encontrar nessas andanças,
Quem lhe soltasse a represa.

Pois de nada se recordava,
Só sabia que era soldado,
Pois o uniforme que usava,
Era a única pista do passado.

Certo dia, porém, encontrou,
Outro desvalido sem rumo,
Que só dizia: - Não sei quem sou!
Era um guerreiro com aprumo.

O uniforme era diferente,
Muito mais rudimentar,
Mas tinha um ar de valente,
E de quem sabia lutar...

Continuaram os dois, então,
A procurar a vida passada,
Foi difícil, pois havia o senão,
De nenhum se lembrar de nada.

Mas um dia, com o Sol alto,
Avistaram os dois um ponto.
O coração dos dois deu um salto,
Já se lembravam do confronto.

Correram então com destreza,
Para mais rápido chegarem,
Pois para eles, era a certeza,
De uma resposta encontrarem.

Mas então, um imprevisto...
Outro homem encontraram,
Com um aspecto tão esquisito,
Que os dois, mudos ficaram...

Era loiro e entroncado,
Com uma farda diferente,
Mas mesmo com um ar cansado,
Tinha um aspecto imponente.

Conversaram então os três,
Sobre aquilo que se lembravam,
O segundo disse: -Sou Gaulês.
Os outros dois concordaram.

O terceiro com uma voz trovante,
Disse que era um Teutão orgulhoso,
E o primeiro respondeu de rompante:
- Eu sou um Romano impetuoso.

Então os três pensativos,
Olharam e gravaram na mente,
Em imagens, como incentivos,
Aquele edifício tão imponente.

Então, o Teutão falou,
Aquilo que eles queriam ouvir:
- Desde que aqui estou,
Só vi três homens a ir e vir.

Elaboraram então o Plano,
Para os obrigar a sair.
Era um arriscar insano,
Mas não iam desistir.

Dentro do edifício, os três,
Que ali residiam à anos,
Não sabiam que desta vez,
Seria o fim dos Natarianos.

E tiveram sucesso os soldados.
Os natares caíram na armadilha,
E os três juntos, lado a lado,
Conquistaram mesmo a Maravilha.

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